sábado, 29 de outubro de 2011
OS AMPLOS SENTIDOS DA "DEMOCRACIA" (Other meanings of democracy)
Em meio à grande repercussão do novo escândalo do ENEM, o do "vazamento" de, a princípio, quatorze questões similares ou iguais às do exame, o que se observa é que um problema maior ainda parece ter passado despercebido frente aos olhos da sociedade e, principalmente, da crítica. O nível de dificuldade das questões da última edição da prova foi uma verdadeira catástrofe e alvo de poucas críticas na imprensa, o que, pela gravidade da situação, merecia igual atenção ao problema das questões vazadas.
Em entrevista à imprensa, foi muito comum ouvir da boca dos diretores um grande contentamento com o resultado até então obtido pelos alunos. Um contentamento que mostra que o exame teve um grande número de questões fáceis ou muito fáceis. A prova de Ciências Humanas requeria do aluno praticamente apenas a habilidade de leitura e compreensão de texto. De fato, o analfabetismo funcional é um problema que assola grande parte dos estudantes no Brasil, o que constrasta com os crescentes indicadores positivos da economia brasileira frente às crises, por exemplo.
Entretanto, exigir uma habilidade como essa deveria ser prática apenas das disciplinas destinadas à isso (língua estrangeira e língua portuguesa na parte de interpretação de texto). Do modo como é feito, os alunos que não sofrem desse mal, o analfabetismo funcional, terão a ideia de que Ciências Humanas são muito fáceis ou de que são muitos bons nisso, quando não necessariamente o são. O próprio exame já os está acostumando a ver com preconceito uma parte da Ciência. Como ela é feita por pessoas, não é muito difícil para essa prática se prolongar e se voltar para as pessoas que fazem essas Ciências... Ou se prolongar mesmo para qualquer tipo de pessoa.
Além disso, quando o aluno que não se esforçou para adquirir o conhecimento que deveria exigido nos exames a respeito das Humanidades e vai bem na prova, estar-se-á acostumando-o à ideia de que se pode obter o sucesso quase sem esforço algum. Implicita ou explicitamente esses valores acabam sendo internalizados, principalmente quando o preconceito em relação a essa parte da Ciência já são alimentados na mente estudantil ao longo de toda sua formação, frente a uma série de fatores.
O incentivo à preguiça por parte do exame continua quando a prova exige do aluno menos do que ele pode dar. Isso se manifesta quando as questões são de mera interpretação de texto, sem exigir maiores habilidades. O potencial do aluno acaba sendo subexplorado.
Outra grave problemática escondida pelas belas palavras veiculadas pelas propagandas do exame, financiadas pelos impostos da sociedade e protagonizadas por Carol Castro, é a injustiça embutida nas questões. Disse-se que o exame abordou atualidades, o que, em si, é uma grande mentira. O aluno que buscou estar antenado com os principais fatos e notícias da atualidade foi prejudicado. O que exemplifica essa situação foi a questão sobre a Primavera Árabe, cobrada na prova de Ciências Humanas e Suas "Tecnologias". Não era preciso saber o que ela significava e qual a influência da tecnologia em sua movimentação. Bastava ler o texto. Quem sabia acertou. Quem não sabia, também. E ainda o governo se atreve a usar o termo "democrático" no slogan do exame ("ENEM, o caminho mais democrático para o caminho superior no Brasil")?
Pode ser que aquele entende aquele termo de outra forma, mas não aquela prevista na constituição. Então, além tudo, a postura da propaganda é enganosa e, portanto, inconstitucional.
Como é que se pode falar em perspectivas desenvolvidas para o Brasil, sendo que já na educação, a sociedade já é acostumada ao subdesenvolvimento, à subexploração de seu potencial, à subestimação de sua inteligência e a um vasto conjunto de "subs"? Pelo que se pode notar, "Brasil, um país rico e sem miséria" não passa de hipocrisia, pois a geração construída nos atuais moldes educacionais dificilmente superará sua atual condição de ser.
In this context of a big repercussion of the scandal about 14 questions that were seen by a school before the national application of the exam, other element so or more serious than this seems to be forgotten or not realized by the society, in general, and by the critics. The level of difficulty from the questions was too low, something that sings it was a big catastrophe. It was not mentioned by the press. However, it deserves a big attention from everybody.
In interviews, it was common to hear schools directors saying that the students were very satisfied with their result. On the other hand, this happiness hided the so easy a big number of questions from the High School National Exam (ENEM, in Portuguese) were. Human Subjects, like History, Geography, Foreing Language, were too easy. They required from the student basically the capacity of understanding what he/she reads. In fact, functional illiteracy is a big problem a big range of students in Brazil suffers of, in the opposite side to the growing numbers Brazil economy shows.
Nevertheless, this kind of hability, applied the one it was done in the exam, would be a function of only some subjects, the ones prepared to, like Foreing Language or Portuguese (only in the part of comprehension test).
The way the exam is made, students that do not suffer from this problem would get an excellent result. But, what if they do not deserve to? What if a student that does not know basic information about History and gets almost the total posible grade? This is what exactly what happened. This way, they will get the prejudice that Human Sciences are easy. The exam is getting them used to see a kind of knowledge with prejudice... And after, to look people with it.
Besides it, when the student sees he/she does not need to make efforts to get the success (a total grade), the exam is leading him/her to laziness.
The incentive to laziness by the ENEM continues when to topic is knowledge potential. The student intelligence is underestimated and his/her learning potential underexplored so that he/she does not need to know something solid to get a good result in the exam.
Furthermore, the injustice is an ENEM value. It can be observed when students that studied, for example, world news during all the year gets Okay in a question... And someone that simply did not know what happened in the world during the same period gets Okay in the same question. A question about the Arabian Spring only required from the student to read and understand the text about it. The student did not have to know what it is. That means the question the student got right, the one who did not know anything got too. This is called injustice and the government dares to use the word "democratic" to define the ENEM in the campaign slogan (ENEM, the most democratic way to to get in the universities). The campaign is financed by taxes society pays and is starred by the actress Carol Castro.
It is possible if the government understand democracy as something different it is defined in the constitution. Then, the campaign is misleading and inconstitutional. How can the government talk about developped perspectives if it gets the society used to undevelopment educating the people to it? When the formal education underestimates the learning potential of the student, how can we wait the society overcames its condition of underveloped? Of As you can see, "Brazil, a rich and whitout poverty country is a big example of hypocrisy?
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
OTIMISMO E INANIÇÃO
Na noite de ontem, temia que Meimei não viesse a acordar. Durante a madrugada, jamais esquecerei a cena em que acordo repentinamente a vejo próxima à porta do meu quarto me olhando... Seu olhar me amedrontava... Não, não pelo aspecto dela, que, em si era debilitado e comovente, mas frente ao que ele poderia significar.
Na manhã seguinte, Meimei está viva, porém continua tendo diarreias e hemorragia. Ela vomitara várias vezes durante a noite.
A medida tomada é ligar para o Centro de Zoonoses, pois o raciocínio usado é o seguinte: se a função do Centro é prevenir e tratar zoonoses, sofrendo Meimei de uma, é atribuição do Centro tratá-la, pois essa enfermidade, sendo altamente contagiosa, pode afetar o equilíbrio ambiental, contaminando outros animais, constituindo um mal à sociedade. Resultado: a atendente, através dos sintomas relatados por telefone, alega que o animal tem parvovirose. Ela diz que ele pode ser tratado em casa e que, contudo, há necessidade de orientações de um veterinário, coisa que o Centro de Zoonoses não pode fazer por aquele, já que sua atribuição quanto ao "resgate" de animais doentes é praticar a eutanásia.
Procuro as atribuições do Centro de Zoonoses via Internet. Descubro que não há uma regulamentação que uniformize os centros de zoonoses, os quais podem ser de responsabilidade municipal, estadual ou federal - nem nisso há uniformidade, o que em si já desorganiza o funcionamento conjunto das unidades.
Continuando a pesquisa, facilmente encontro em uma página disponibilizada na Internet pela prefeitura de Bauru, página esta que, por sinal, é bastante objetiva, que informa o que são zoonoses, qual o papel do Centro e, de forma bem concreta, quais não são suas atribuições. Lá está escrito que é função do centro fornecer avaliação veterinária em casos de suspeita de raiva ou leishmaniose, o que em si pode abarcar o caso de vários cães (inclusive o de Meimei). No documento, lê-se que não é papel do lugar oferecer consultas veterinárias. No caso do CZ de Foz do Iguaçu, na Internet, só pude encontrar o telefone. No site da prefeitura, são ínfimas as informações a respeito. Quero ligar para lá, pois como vou contestar as ações do Estado se não conheço suas funções? Daí a crítica que faço à postura virtual da prefeitura frente ao tema, o cidadão já começa aí a encontradr barreiras para exigir seus direitos.
Tento ligar para a prefeitura no intervalo entre 8 e 9 horas da manhã, nada consigo. A ligação só retoma o menu inicial e reforça a mensagem "aguarde". Mais barreiras encontradas pelo cidadão para concretizar sua existência como tal. Desse jeito, esperar uma resposta das autoridades requer uma disponibilidade que o cidadão comum não tem, pois a uma hora como essa estaria trabalhando. Mais tarde, a prefeitura fecha.
Minha mãe decide levar Meimei a uma PetShop, ela está tentando encontrar uma saída mais barata para a situação. O dono do local reconhece não poder agir em casos de virose e a redireciona para uma clínica veterinária de preço acessível. Finalmente, para lá vamos nós.
O diagnóstico aponta para uma provável coronavirose, que, muitas vezes, é confundida com a parvovirose, pois seus sintomas são parecidos. A médica, entretanto, afirma que a segunda é bastante letal, o que em faz que, na maioria dos casos, o cão não passe de um dia para o outro como ocorreu com Meimei.
A consulta sai por 134 reais, minha mãe se endivida um pouco, mas a vida da cadela está mais garantida, afinal, quanto vale esta? Pergunto a ela o que a fez ir ao veterinário, ela responde: "o Renato ter falado para vir até aqui". Pois é, no caso, ela não visualizou mais alternativas e "a voz da experiência", Renato, o dono da PetShop, a recomendava a saída tão esperada por mim.
O tratamento atual da cadela consiste em tomar alguns remédios... A médica injetou no cão alguns soros, o que ela chamou de "imunizador". Isto requer vacinação, o que irresponsavelmente não fora dado na cadela por nós.
Algumas conclusões importantes podem ser feitas a respeito: o otimismo do qual meus pais dispunham ("ela vai ficar bem"; "ela já está até melhor"; pasmem, meu pai disse que ela estava sorrindo; "é claro que ela não vai morrer" - mesmo que as evidências apontassem para isso) era, na verdade, uma arma para não ter que agir. Aqui se vê um exemplo concreto de quando a esperança e o otimismo podem ser usados para justificar ou para se dispor da inanição. Esperava-se que a cura viesse do céu, agindo como pessoas da Idade Média, não usando a razão para resolver problemas.
Tomara que Meimei se recupere...
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
FRAGILIDADE... ANIMAL... (?)
Uma de minhas cadelas, Meimei, tem uma mudança repentina de comportamento. Geralmente hiperativa, ela passa a se comportar de forma depressiva (moleza e sono prolongados). Sem comer, sem beber, emagrece rapidamente. Ela começa a salivar... Vomitar... Passa a se acomodar em cantos, atrás de móveis... A primeira hipótese: raiva.
Como tenho duas cadelas, o temor é grande. Cristal, a outra cadela, prenha, por sinal, pode ser contaminada.
Porém, com o computador à mãos, pesquiso sobre as doenças caninas mais frequentes. Suspeito de ser Lyme, pois, na semana retrasada seu irmão, o cão Lipe, foi trazido até minha casa para brincar com ela. Sua dona conta que ele está repleto de carrapatos. Resultado: encontro carrapatos em Meimei e Cristal. Eu os havia tirado e matado, entrando arriscadamente em contato com o sangue do carrapatos. Mas, nada aconteceu. A doença Lyme é transmitida pela mordida do dito aracnídio. Foi assim que a estrela Thalia foi acometida pela enfermidade que quase a levou à morte. Ela afeta o SNC (sistema nervoso central).
Por que estaria Meimei com Lyme? A depressão que pude observar nela me levou a pensar nisso...
A hipótese de raiva é expressiva, pois pude observá-la discretamente depois de colocar água para que Meimei bebesse; ela não conseguia. Sendo Hidrofobia o nome da raiva, essa possibilidade se torna quase uma certeza, ainda mais depois de ler que o animal não necessariamente pode apresentar comportamento agressivo, já que existem basicamente dois tipos de raiva; um em que o animal se mostra de forma agressiva e outra que conduz à paralisia. Nesta segunda, uma prostração (a tal da moleza) é notável (o caso da minha adorável Meimei).
Leio sugestões num fórum e a maioria delas apontam para a necessidade de procura de um veterinário. O temor de contágio humano reforça essa necessidade. Minha mãe aponta para a impossibilidade de uma consulta frente aos preços que, geralmente, são altos: o meu contexto atual, de classe C, e de muitos vestibulares no mês que vem vai requerer muitos gastos, o que inviabiliza essa consulta. Minha mãe aparenta estar perturbada com a sugestão de consultar a cadela com um veterinário, o que se nota quando ela me pergunta: o veterinário ou os vestibulares?
Meu pai e minha mãe criam uma atmosfera de otimismo frente à doença, tentando descartar raiva - mesmo depois de verem nas buscas via NET que os acometidos por raiva não necessariamente apresentam agressividade. Eles tentam se mostrar convencidos de que se Meimei estivesse com raiva, estaria violenta.
De repente, ela tem uma diarreia profusa. Extremamente fétida, ela aponta para apenas uma doença provável; parvovirose.
Ela já perdeu muita água hoje, através dos vômitos e da diarreia recente. Sobre a doença Parvovirose, os sintomas estão todos presentes em Meimei; anorexia (ela para de comer), perda de apetite, vômitos e diarreias intensas...
Tento, com ajuda de meu pai, introduzir à força um soro. Não sei como lidar com seringas e nem tenho uma casa... Meimei é jovem e ainda não foi vacinada pelos "mutirões" de vacinação do Centro de Zoonoses que passam de casa em casa, atendendo "à demanda".
Pesquiso mais sobre a doença - não restam dúvidas de que se trata de Parvovirose... Cada informação que leio é devastadora para mim. Delas, só uma conclusão, que nem precisaria de muita pesquisa para se chegar a ela: Meimei está sofrendo - o pior de tudo. O vírus está atacando e destruindo as células da mucosa interna do intestino.
Sobre o que Meimei ainda poderá sofrer, prefiro não comentar, pois não se trata de fatos, apenas de especulações que podem causar mais sofrimento, que, de repente, seriam inúteis.
O tratamento consiste em tentar mantê-la viva até seu organismo criar anticorpos que a protejam. Minha mãe me diz que ela sobrevevirá - acredito que é um artifício dela para não se sentir afetada e não ter que agir. Meimei precisa de uma dose intravenosa de soro, para compensar a água perdida o desequilíbrio salino. Precisa de remédios cicatrizantes para as perdas que o intestino está sofrendo.
Você pode seguramente dizer que se trata de alguma vitimização. Mas, é inevitável pensar que se eu fosse de uma classe social mais abastada, B ou A, a angústia já seria parcialmente resolvida; eu estaria na clínica, onde Meimei estaria internada e teria altas chances de sobreviver. Nas condições em que está, prefiro lembrar que o futuro é imprevisível. Que, como Hume dissera, a relação causa e efeito é nada mais que um produto do hábito e não necessariamente da verdade. Prefiro acreditar que a "probabilidade" sempre apresenta uma margem de erro para prever o futuro... que no caso da Meimei, a "lógica" vai falhar...
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
RELIGIÃO FAZ-SE DE HOMENS (Religion: a human vehicle)
Análises críticas acerca da história das religiões apontam para o fato de a violência ser, ao contrário do que se costuma pensar, um dos valores inscrustrados em suas pregações - principalmente no que toca a intolerância às crenças alheias, mesmo que de forma implícita. Seguindo essa linha de raciocínio, costuma-se dizer que a grande culpada pelas atrocidades cometidas pelo homem, visualizadas nas Cruzadas, por exemplo, e nos ataques terroristas da atualidade é a religião. Porém, o que se pode observar é que a religião quase nunca foi sujeito e sim objeto, um veículo de condução das vontades do homem.
As Cruzadas, episódio histórico cujo suposto objetivo era libertar Jerusalém dos turcos otomanos seldjúcidas, os quais haviam proibido as peregrinações cristãs ao lugar, ocultava a possibilidade de enriquecimento através daquele lugar, o que conduziu vários nobres em crise financeira a aderir ao movimento. Como resultado: surpresa! As relações comerciais Ocidente-Oriente se intensificaram e o renascimento urbano-comercial se deu. Mais uma vez, valores religiosos submetidos aos interesses econômicos de homens "em nome da fé".
Na edição especial da revista Veja sobre o mundo pós Bin Laden, lê-se: "Inicialmente, o Corão permitia que pessoas de outras religiões professassem sua fé em paz e proibia os muçulmanos de convertê-las à força (...) Com o passar do tempo e com a ascensão do fundamentalismo islâmico, essa ordem foi sendo reinterpretada (...)". E é neste último ponto, a reinterpretação, que reside a origem da maior parte dos problemas que se observam permeando a religião.
No contexto do Talibã, reprimir era um modo de evitar que a religião se esvaísse. A religião é feita de dogma, aquilo que não pode ser contestado. Não havendo contestação, o que acontece? Prolongava-se sua duração no poder.
O mesmo vale para a "luta contra o Imperialismo Ocidental", usando como justificativa o fato de a Guerra Santa ser um valor do Corão. A vontade humana vem como o maior fator explicativo das atrocidades observadas pelo terrorismo "em nome de Deus" na contemporaneidade; a vontade de subjugar a mulher; a vontade de enriquecer, matando; a vontade de apropriar-se do poder, justificando que esse quadro é a vontade divina - um traço de Absolutismo ainda observável na atualidade, vide os governos teocráticos hoje existentes.
Critic analysis about the religion history signs that the violence is part of it as one if its principles, it does not mind if it happens implicitly. It is remarkable when the issue is intolerance. Following this reasoning, it is common to say that the religion ist the big guilty of so many atrocities did by the man as the Crusades, for example, and the recent terrorist attacks, as 9/11. But something can be observed is that Religion has never been the subject of the history. It has been an object; a vehicle to conduct people to materialize human wills.
The Crusades, a historic episode which supposed objective was set Jerusalem free of Seljudic Turkish, a people that had prohibited Christian pilgrimages to that place, hided the possibility of getting richer through what Jerusalem could offer. That made a big number of aristocrats in finance problems had given support to the "Faith Cause". Guess what happened: the economic relations between West and East had raised expressively and the urban and commercial reborn had been generated. One more time, religious values were submitted to human economic interests in behalf of the "faith".
In a special edition of Veja magazine about the world post Bin Laden, it can be read: "on the beggining, the Koran, allowed people from other religions to normally do their rituals and prohibited muslims of forcing someone to become a muslim (...) The has passed and the Islamic Fundamentalism rising, this was reinterpretated (...)". That´s the key point that generated a big range of problems and savageries that involves religion.
In the Taliban context, to repress was a way of avoiding the religion had been affected or changed. The way it was established, it was structured in a dogmatic system, a kind of system the contestation cannot exist. When there is no contestation, what happens? The power is maintained the way it is. It was convenient to Taliban members.
The same logic can be applied to the battle againt the "West Imperialism", using as justification that it is value deffended by the Koran, the Jihad. However, the Homo sapiens desire is surely more influent in order to explain the monstruosity observed in terrorism "in behalf of God"; the wish of submitting the woman; the wish of getting power, it does not mind if killing is "necessary" to achieve it and the wish of appropriating of the power, claiming that is God wish - a sign of Absolutism observed in teocratic governments, nowadays.
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
A RUPTURA DO MEDO COMO ESTOPIM À LIBERDADE
A atual campanha da Gazeta do Povo e da RPC, incentivando as pessoas à denúncia, cumpre com o papel da imprensa e ao mesmo tempo pode trazer a discussão acerca dos pontos positivos e negativos do medo.
Quando dosado, é necessário, já que obriga o ser humano a encontrar alternativas de superação ou proteção. Um exemplo emblemático é o do homem da Pré-História, o qual, desprovido de armas biológicas, como garras, dentes afiados, olfato ou audição muito aguçados, se viu obrigado a se esconder em cavernas e, depois de descoberto o fogo, encontrou nele um método de proteção de perigosos predadores à espreita.
No caso citado, o medo aparece como elemento de superação. Mas, ele é negativo quando conduz o ser à inanição, o que impede o indivíduo de se superar ao desenvolver a coragem, o que o tornaria menos suscetível à dominação por entes alheios, leia-se os casos em que mulheres que sofrem violência doméstica e por medo de retaliação do marido, não o denunciam (caso retratado na televisiva "Fina Estampa"), continuando a sofrer o mal.
Felizmente, há pessoas, como as que concretizam a Primavera Árabe, rompendo esse elemento e conduzindo o país a uma revolução política e a uma liberdade maior. Na Síria, a intensa repressão não amordaçou os movimentos. Isto porque as pessoas, ao se rebelarem, se sentiram apoiadas umas pelas outras, pela imprensa mundial e pela mobilização nas redes sociais.
Cabe à sociedade, portanto, estimular essa postura, valorizando os que a têm, premiando-as como o Nobel da Paz 2011, ou como a imprensa, quando esta expõe à sociedade os casos de engajamento em meio a contextos repressivos e perigosos, exaltando sua coragem e, assim, disseminando e internalizando este valor na sociedade.
The campaign Paz sem Voz é Medo from Brazilians groups of communication RPC and the journal Gazeta do Povo, encourage people to denounce what is seen as wrong, doing the function the press has. That makes one discuss about positive and negative points the fear brings.
When the fear is balanced, it is necessary. It forces the human to find superation alternatives or protection ones. An emblematic one is the Pre-History Man, a "sapiens" without biological guns, as claws, sharped thief, smell or hearing very developped... The man instigated by the fear was obligated to hide himself/herself in caves. After the fire was discovered, it became a protection against dangerous animals.
In this case, the fear is exemplified as a superation element. But, it is negative when it leads people to inanition, something that blocks the person of developping courage and superation. It would make the human become less vulnerable of a coercive domination from other humans or any elements. It is possible to observe it in cases of domestic violence. Women, full of fear, don´t denounce their husbands. As a result of this, they continue to be attacked. This case is watched now in the main soap opera exhibited in Globo, Fina Estampa.
People as the ones that materialized the Arabian Spring broke the fear and led the country to a politic revolution and a bigger freedom. In Syria, the intense repression didn´t ended the uprisings. This happened because people felt supported one by the other, by the international press and by the mobilization via Internet.
These elements lead to a conclusion: it is a society function to stimulate this kind of actitude, valorizing the ones who take it, rewarding them, like it was done by Nobel Prize of Peace 2011, or by the press, whent it exposes to the society the cases of engagement in difficult, repressive and dangerous contexts, focusing on their courage and then disseminating this value on the society.
Quando dosado, é necessário, já que obriga o ser humano a encontrar alternativas de superação ou proteção. Um exemplo emblemático é o do homem da Pré-História, o qual, desprovido de armas biológicas, como garras, dentes afiados, olfato ou audição muito aguçados, se viu obrigado a se esconder em cavernas e, depois de descoberto o fogo, encontrou nele um método de proteção de perigosos predadores à espreita.
No caso citado, o medo aparece como elemento de superação. Mas, ele é negativo quando conduz o ser à inanição, o que impede o indivíduo de se superar ao desenvolver a coragem, o que o tornaria menos suscetível à dominação por entes alheios, leia-se os casos em que mulheres que sofrem violência doméstica e por medo de retaliação do marido, não o denunciam (caso retratado na televisiva "Fina Estampa"), continuando a sofrer o mal.
Felizmente, há pessoas, como as que concretizam a Primavera Árabe, rompendo esse elemento e conduzindo o país a uma revolução política e a uma liberdade maior. Na Síria, a intensa repressão não amordaçou os movimentos. Isto porque as pessoas, ao se rebelarem, se sentiram apoiadas umas pelas outras, pela imprensa mundial e pela mobilização nas redes sociais.
Cabe à sociedade, portanto, estimular essa postura, valorizando os que a têm, premiando-as como o Nobel da Paz 2011, ou como a imprensa, quando esta expõe à sociedade os casos de engajamento em meio a contextos repressivos e perigosos, exaltando sua coragem e, assim, disseminando e internalizando este valor na sociedade.
The campaign Paz sem Voz é Medo from Brazilians groups of communication RPC and the journal Gazeta do Povo, encourage people to denounce what is seen as wrong, doing the function the press has. That makes one discuss about positive and negative points the fear brings.
When the fear is balanced, it is necessary. It forces the human to find superation alternatives or protection ones. An emblematic one is the Pre-History Man, a "sapiens" without biological guns, as claws, sharped thief, smell or hearing very developped... The man instigated by the fear was obligated to hide himself/herself in caves. After the fire was discovered, it became a protection against dangerous animals.
In this case, the fear is exemplified as a superation element. But, it is negative when it leads people to inanition, something that blocks the person of developping courage and superation. It would make the human become less vulnerable of a coercive domination from other humans or any elements. It is possible to observe it in cases of domestic violence. Women, full of fear, don´t denounce their husbands. As a result of this, they continue to be attacked. This case is watched now in the main soap opera exhibited in Globo, Fina Estampa.
People as the ones that materialized the Arabian Spring broke the fear and led the country to a politic revolution and a bigger freedom. In Syria, the intense repression didn´t ended the uprisings. This happened because people felt supported one by the other, by the international press and by the mobilization via Internet.
These elements lead to a conclusion: it is a society function to stimulate this kind of actitude, valorizing the ones who take it, rewarding them, like it was done by Nobel Prize of Peace 2011, or by the press, whent it exposes to the society the cases of engagement in difficult, repressive and dangerous contexts, focusing on their courage and then disseminating this value on the society.
NOBEL DA PAZ: LEVANTE, UMA ATIVIDADE FEMININA

Elas foram escolhidas por seu engajamento social pela paz e pelos direitos da mulher, o que, pelo princípio, foi uma medida extremamente válida, já que dessa forma, está-se incentivando mulheres e, pessoas como um todo, a se mobilizar socialmente, mesmo que o contexto seja de repressão e violência, sendo estes dois elementos presentes principalmente na vida de Tawakkul e Leymah.
O desconforto em quem tem acesso a uma notícia como essa é que elas terão que dividir o prêmio e o presidente Barack Obama o ganhou sozinho em 2009.
Outra contestação que pode ser feita é quanto ao fato da escolha da primeira mulher a ser eleita presidente em um Estado africano, Ellen Johnson. De fato, é uma barreira que ela conseguiu romper, a do machismo, uma forma também de violência e repressão, para ter conseguido chegar onde chegou. Além do mais, sua história de vida é um modelo referencial a todas as mulheres do mundo, já que cursou uma universidade e se especializou nos Estados Unidos. No entanto, o perigo de vida que ela sofreu não foi tão evidente quanto o vivenciado por Karman Tawakkul e Gbowee, pelo que se pode concluir de suas ações.
Fora estes fatores, essa escolha pode ser mal vista quando se tem em mente que ela disputa uma reeleição presidencial que se dará nas eleições de 11 de outubro.
No lugar dela, outra ativista poderia ter sido premiada, a afegã Sima Samar, que luta pelos direitos femininos no Afeganistão. Isto porque faz exatamente dez anos que o Taliban foi derrubado do poder no país, mas este ainda sofre com este mal, com numerosos resquícios da milícia, que "agora" estão espalhados por todo o país, sob a denominação de "neotalibãs". Tendo-se em mente esse contexto em que a mulher ainda sofre repressão e perigo de todo tipo de violência naquele país, seria simbólico que ela também fizesse parte do "time das engajadas". Isto seria uma motivação para outras mulheres do Afeganistão.
Quanto à Karman Tawakkul e Leymah, ambas efetivamente sofreram perigo. A primeira, jornalista no Iêmen, o que em si já é desafiador e perigoso, participante da Primavera Árabe - evento em que a repressão violenta é personagem protagonista e mulher. A segunda, pregou a participação feminina na política e denunciou publicamente os estupros sofridos pelas mulheres efetuados por soldados durante a Guerra Civil da Líbia. Ela também sofreu perigo, pois isso foi ainda durante a guerra, em 2003.
De qualquer forma, 2011 fica como um ano em que as palavras "mulher" e "levante" ficam como definidoras e inevitavelmente atreladas uma à outra. Parabéns à todas elas que dão exemplo de comportamento ao mundo.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
UM DESESTÍMULO (IN)DIRETO
A retirada do programa "Linha Direta" do ar desde 2008 foi uma atitude contestável da parte da nova diretoria da Rede Globo e de prejuízo à sociedade brasileira.
O formato da emissão compreendia um crime que era dramatizado e, ao final, convocava-se o telespectador, caso tivesse informações sobre o paradeiro do criminoso foragido responsável pelo crime mostrado e outros, a denunciá-lo.
Por um lado, o televisivo colocava o foco no crime, o que, em si, é algo, até certo ponto, condenável, já que, implicitamente, ensina-se que para aparecer na sociedade é preciso cometer o que é moralmente errado, afinal, aquele cometeu o crime ganha mais espaço na mídia.
Entretanto, a importância do programa residia no fato de acostumar a sociedade ao valor da denúncia, o que, em si, é um dever do cidadão. Ao convocar à denúncia, por parte do espectador, este se via integrado com o programa e incentivado a agir socialmente através daquela.
Quando seu ex-apresentador, Domingos Meirelles, esteve em Foz do Iguaçu, o procurei para falar sobre o assunto e este aludiu para o fato de que nos Estados Unidos este tipo de emissão televisiva é comum, país onde a denúncia não é vista como uma delação e sim como um dever e um direito, situação contrária à do brasileiro.
Na deste, fazer uma demúncia é ser um "dedo duro" e como o brasileiro, naturalmente, tenta sempre evitar o "conflito", enganado por essa falsa noção, acaba saindo prejudicado por não cumprir com sua obrigação e não exigir seus direitos. Nesse panorama é que a reitrada do ar do "Linha Direta" foi um erro, já que, justamente, incentivava o telespectador a agir ativamente, a ter uma postura engajada.
REDIMIÇÃO DA RESPONSABILIDADE
A Prefeitura de Foz do Iguaçu financia uma nova campanha, principalmente pela televisão, criticando atitudes irracionais de seus moradores, denominando-as de "comportamentos antissociais". Estas práticas vão de imprudências no trânsito, lixo nas ruas até o hábito de deixar água parada - um estímulo à proliferação do mosquito da Dengue.
De fato, é uma atitude válida, pois o cidadão, tido comumente como aquele que é dotado de direitos, também vê enfatizados seus deveres, os quais geralmente não são lembrados em meio a qualquer reivindicação.
A crítica que pode ser feita, entretanto, é que, apesar de se tratar de uma história fictícia, a responsabilidade dos cidadãos sobre suas atitudes é redimida deles, pois esta é atribuída ao grande Mal invisível que saiu da "arca descoberta durante a construção de Itaipu". Isso se traduz num valor que reforça implicitamente a condição de vitimização das pessoas - "foi o Mal o responsável por minha atitude" ou "eu sou rebelde porque o mundo quis assim", sendo este último um fragmento de uma antiga canção da cantora Lílian.
É compreensível essa postura da prefeitura, afinal, criticar é algo delicado e se tratando de um povo mais imaturo, é preciso demonstrar que não se é inimigo dele por fazer uma crítica - algo implicitamente entendido pelas pessoas quando o tema é a crítica. No entanto, outros meios deveriam deveriam ter sido encontrados para tal, como o de elogiar alguns comportamentos do cidadão e, em seguida, tecer a crítica. Isso foi feito em um segundo vídeo, mas a redimição de responsabilidade vigorou. Do modo como foi feito, as autoridades não cumprem com seu dever de cidadãos, o de contribuir para construir uma sociedade mais madura e não uma mais autovitimizante.
Observação: há três erros gramaticais no vídeo. Nas expressões "combate a dengue", "combate a imprudência no trânsito" e "combate a sonegação de impostos" deveriam ser escritos todos dentro de caso de crase: "COMBATE À DENGUE", "COMBATE À IMPRUDêNCIA" e "COMBATE À SONEGAÇÃO DE IMPOSTOS". Três erros quase seguidos em letras enormes. Será que passou "despercebido" pelo revisor do vídeo?
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
A VIDA NA FRONTEIRA: AS MULHERES DA FRONTEIRA
Durante a elaboração desta fotorreportagem, peço permissão a algumas pessoas para fotografá-las durante um momento tão cotidiano e, muitas vezes, não tão prazeroso para alguns; o almoço.
Dentre os casos que recebi um "não", todos foram de mulheres, o que me levou a refletir sobre por que seriam apenas as mulheres, as mulheres da fronteira, que não permitiram se deixar fotografar.
Dentre as conclusões a que cheguei, uma delas é que num mundo que é movido pela atenção e, sendo esta voltada para aqueles que são dotados de uma beleza e de um glamour padronizados e para aqueles que tem o dinheiro, um indivíduo - uma mulher - fora dos padrões de beleza, desajeitado, "comum" e, pobre, está longe daquilo que a sociedade reconhece como digno.
Em meio a esse contexto, ser mostrada dessa forma é demonstrar estar longe daquilo que constitui o sonho da mulher cotidiana da fronteira, do interior, da periferia... Ou, pelo menos, daquilo que se tem em mente que deveria ser digno. É dar seguimento à vergonha por ser quem se é, quando, na verdade, a vergonha deveria partir mesmo é de todos os que foram responsáveis por estarem ali, naquelas condições, precárias e subhumanas.
A VIDA NA FRONTEIRA: UMA NOVA FORÇA
Uma nova força tem sido feita neste lugar desde que o Centro de Conscienciologia chegou se instalou na cidade de Foz do Iguaçu.
Com o Centro, intelectuais e profissionais das principais capitais brasileiras migraram para este lugar, trazendo consigo diferentes e produtivas experiências, que culminam em incontáveis benefícios para a cidade, como a revolução na educação do ensino médio, feita por membros desse centro de estudo. A educação local se encontrava anteriormente em rota de colisão com o fracasso.
Além destas vantagens, um número crescente de livros tem sido lançado na região, livros escritos por conscienciólogos que, de qualquer forma, acabam contribuindo para a internalização da concepção de leitura na Terra das Cataratas, principalmente.
Após fazer essa fotografia, Waldo Vieria me sugeriu que fotografasse algumas instalações do Centro, como um corredor de bustos de grandes autoridades da história do pensamento. Talvez ele não tenha ouvido, porém o respondi que a principal diferença não é feita por lugares e sim por pessoas, no caso, ele e todos os estudiosos que migraram para a terra iguaçuense.
A questão, na minha concepção, é que belos lugares podem ser captados pelas câmeras de um observador qualquer... Diferente de momentos. Momentos... Estes exigem uma percepção rápida e aguçada por parte do fotógrafo, por entender por que, para que ou, simplesmente, que estes precisam ser captados.
Com o Centro, intelectuais e profissionais das principais capitais brasileiras migraram para este lugar, trazendo consigo diferentes e produtivas experiências, que culminam em incontáveis benefícios para a cidade, como a revolução na educação do ensino médio, feita por membros desse centro de estudo. A educação local se encontrava anteriormente em rota de colisão com o fracasso.
Além destas vantagens, um número crescente de livros tem sido lançado na região, livros escritos por conscienciólogos que, de qualquer forma, acabam contribuindo para a internalização da concepção de leitura na Terra das Cataratas, principalmente.
Após fazer essa fotografia, Waldo Vieria me sugeriu que fotografasse algumas instalações do Centro, como um corredor de bustos de grandes autoridades da história do pensamento. Talvez ele não tenha ouvido, porém o respondi que a principal diferença não é feita por lugares e sim por pessoas, no caso, ele e todos os estudiosos que migraram para a terra iguaçuense.
A questão, na minha concepção, é que belos lugares podem ser captados pelas câmeras de um observador qualquer... Diferente de momentos. Momentos... Estes exigem uma percepção rápida e aguçada por parte do fotógrafo, por entender por que, para que ou, simplesmente, que estes precisam ser captados.
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
A VIDA NA FRONTEIRA: LINHAS DIFUSAS NUM OLHAR
Entretanto, chama muito a atenção um discurso de vitimização e de determinismo intensos, abarcando essa discussão. Como se o ocorrido com gente do passado fosse capaz de determinar o comportamento de quem ali vive no presente.
Para o argumento de que ao decorrer da História houve exemplos emblemáticos de países que conseguiram se reerguer depois de grandes destruições, como Japão e Alemanha, alcançando o ápice mundial de desenvolvimento economico, há o contra-argumento de que em nenhum outro lugar do mundo a população masculina fora tão dizimada quanto no Paraguai, onde a versão tradicional histórica aponta que mais de 90% da população de homens foi morta (inclusive crianças). Costuma-se atribuir a esse fator uma das explicações para o grau de descaso em que se encontra a nação desde então.
Essa argumentação, entretanto, "permite" fazer uma inferencia perigosissimamente machista, que, no entanto, está implícita na mente das pessoas: a de "que a mulher não foi capaz de construir sozinha o país" ou de que "o país é o que é porque ficou na mão das mulheres". Isto constitui um verdadeiro absurdo! Além do mais, esse discurso, na verdade, aponta para uma então desigualdade já anterior à Guerra, a de generos, o que, em si, já começa a desmistificar a condição de idealidade que a História tradicional dá à "efervescente república da América do Sul".
A revista "Superinteressante" trouxe em 2010 uma capa com uma série de desmistificações a respeito da História que é contada no Brasil. Uma delas se relaciona à Guerra do Paraguai. Segundo pesquisadores da USP, mencionados na matéria, a nação "albiroja" não era a segunda potencia do mundo e sim a sexta, da América do Sul e, pelo que parece, a Inglaterra se mostrou bastante receosa frente à iminencia de um conflito já que ela possuía uma série de escritórios no país e uma guerra, portanto, a ela seria desvantajosa.
São versões que conduzem a um refletir: não seria a história do vencido contada sobre a Guerra do Paraguai um meio de tentar atribuir a outrem (Inglaterra, Brasil, Uruguai e Argentina), elementos do passado, a culpa pelo fracasso atual, redimindo-se da responsabilidade que se tem pela transformação da realidade de hoje? A postura de desanimo e preguiça, em vários - é muito comum ver policiais sentados, em horário de trabalho, no Paraguai - não pode constituir um fator a ser excluído para a explicação dessa história. É algo influenciado pela Guerra, mas não apenas. Dentro de uma concepção sartreana, a vontade do indivíduo é tão e mais pesada do que a influencia histórica.
No meio de todo este contexto, é importante sim saber do que, no passado, foi feito para poder cobrar hoje satisfações e "pagamentos" das dívidas históricas feitas, deixando a inanição de lado. Entrentanto, o mais importante a ser lembrado é o papel que as pessoas tem HOJE na construção dessa realidade, ao invés de procurar-se a todo tempo um culpado pelo fracasso economico-social atual.
Apesar de tudo, enquanto ninguém toma uma atitude, é o olhar distante que se nota nos rostos de muitos.
A VIDA NA FRONTEIRA: A MERETRIZ (Border life: the prostitute)
Assim é a relação de quem usufrui do que Ciudad del Este oferece. Todos estão interessados nos preços baixos e no luxo fácil que ela provem. A verdade é que todos se esquecem que atrás dos balcões existe um país abandonado e à míngua, com problemas que quase ninguém está efetivamente interessado em resolver... E o que dizer da parte dos turistas? Da parte de quem vem de fora visitar e usufruir dali? A maioria simplesmente não percebe que estes problemas estão ali; visíveis aos seus olhos.
So many times, it is inevitable to look to Paraguay and to see this country as it was a prostitute. In a relation with an one, the consumer is interested in meeting his/her necessities. He/she does not mind if the prostitute has problems or not, in what made her get into this context, in which perspectives she has to her future. He/she is interested in beeing served, but never to serve.
That´s the relation people that take what Ciudad del Este can offer as advantages have with it. Everybody is interested in low costs and easy luxury that it offers. Everybody forgets there is a problematic and abandoned country behind the store counters. Those are problems that nobody seems interested in a solution. What so say about tourists? A big range of them do not realize those issues is there, "visible" to them.
So many times, it is inevitable to look to Paraguay and to see this country as it was a prostitute. In a relation with an one, the consumer is interested in meeting his/her necessities. He/she does not mind if the prostitute has problems or not, in what made her get into this context, in which perspectives she has to her future. He/she is interested in beeing served, but never to serve.
That´s the relation people that take what Ciudad del Este can offer as advantages have with it. Everybody is interested in low costs and easy luxury that it offers. Everybody forgets there is a problematic and abandoned country behind the store counters. Those are problems that nobody seems interested in a solution. What so say about tourists? A big range of them do not realize those issues is there, "visible" to them.
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